Diante disso, vizinhos de um condomínio em Salvador passaram a oferecer serviços como manicure, salão de beleza, pet shop; e produtos como feijoada, hambúrguer artesanal, tortas, salgados e barca de acarajé.

Com o famoso boca a boca e a facilidade de divulgação por meio de grupos nas redes sociais, os condomínios se tornaram um ambiente adequado para fazer negócios, e um bom lugar de atuação para empreender.

Patrícia Caramuru tem formação na área de saúde, mas descobriu a paixão por bolos e salgados desde quando tinha 17 anos, que foi a época que começou a trabalhar no segmento. Hoje, além desses alimentos, ela vende massas integrais há três anos.

“Vi uma oportunidade de garantir renda na transferência do emprego do meu marido para Salvador. Atualmente eu atuo dentro do condomínio e faço encomendas para além dele”, conta.

A Bahia é o estado brasileiro que tem o maior número de desempregados. De acordo com os dados apontados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a taxa de desocupação é de 7,3%, e a maior parte está na faixa etária de 25 a 39 anos, seguidos pelos jovens de 16 a 24 anos.

Luciane de Oliveira, 46 anos, ficou desempregada e viu no condomínio uma alternativa para ajudar com as despesas da casa. Além de pães, salada de frutas e mungunzá, ela também faz transporte escolar.

“O boca a boca ajuda muito na venda. Carinho e dedicação são fatores fundamentais para obter excelentes resultados”, afirma.
Com a oportunidade de empreender em um setor pouco explorado dentro da unidade residencial, Elmo Nunes resolveu abrir um mini-mercado dentro do próprio apartamento.

O comércio funciona da seguinte forma: o cliente manda mensagem no grupo do WhatsApp informando o que deseja, e Elmo entrega na porta da pessoa. Com esse novo modelo de negócio, as redes sociais se tornaram um ambiente propício para vendas.

Fonte: Globo