Volta e meia novos conceitos, estruturas e metodologias são divulgados com a intenção de mapear um caminho para um determinado setor. Em um recente encontro com especialistas catarinenses, pude contemplar e debater a respeito de quatro pilares da gestão condominial: gestão de tempo, organização, base de prestadores e assessoria técnica.
Esses quatro pilares, na ocasião desse encontro, não foram apontados em uma ordem de hierarquia ou importância. Tampouco são regras ou métricas que devem ser seguidas por todo síndico, porém são parâmetros que buscam nortear e trazer clareza ao perfil e estilo de gestão.
Todos possuem os dias com as mesmas 24 horas, ter mais ou menos disponibilidade dentro dessas 24 horas é questão de preferência e planejamento. Para tanto o síndico deve desenvolver a habilidade de planejar, delegar e descentralizar. E tomar o cuidado de não cair na armadilha de se intimidar com o rol de atribuições elencadas no Art. 1.348 C.C., que diz respeito à função do síndico. Lembrando sempre que os §1º e §2º, desse mesmo artigo, possibilitam a terceirização dessas atribuições. Recomenda-se então ao síndico beneficiar-se dessa possibilidade para otimizar seu tempo.
Organização é um pilar em comum nas estruturas políticas, sociais e institucionais prósperas. Na gestão condominial não seria diferente. Várias metodologias de desenvolvimento pessoal também tratam a habilidade de se organizar como uma virtude. O condomínio que segue uma ordem de processos preestabelecidos é como uma locomotiva nos trilhos, que em segurança chegará ao seu destino. Já a desordem ou a negligência de processos preestabelecidos traz a insegurança pela sensação de um vagão prestes a descarrilar.
A resposta imediata para determinadas demandas, sobretudo as inusitadas, vem de o síndico possuir uma boa base de prestadores para atendê-lo com excelência e urgência. Contudo é necessário construí-la observando alguns cuidados, como a preferência por prestadores domésticos, o famoso “tiozinho faz tudo”, e também o desligamento de prestadores consolidados no histórico de atendimento ao condomínio. Prática muito comum quando um síndico de carreira assume um novo condomínio e promove uma ampla substituição de prestadores atuais pelos de sua confiança, sem antes mesmo ter vivenciado um período de avaliação dos serviços desses prestadores históricos.
A assessoria técnica é um pilar que se justifica na maturidade do síndico reconhecer que as suas atribuições são amplas, dinâmicas e muitas vezes inusitadas. E é incomum possuir todas as habilidades com a excelência necessária ao mesmo tempo. Podemos relacionar de bate-pronto questões jurídicas, contábeis, administrativas, operacionais, entre tantas outras que podem ser elencadas como assessorias que estão à disposição da gestão condominial em abundância.
Esses quatro parâmetros de que aqui falei de forma sintética emergiram de uma análise junto a dois especialistas do mercado, onde os temas foram tratados com mais profundidade e contabilizaram 2 horas de registros que converterão em conteúdo de áudio e vídeo e que serão disponibilizados em plataformas digitais de costume com essa finalidade de divulgação. Convido o amigo leitor a ficar atento e prestigiar.
Fonte: Condominiosc