O governo federal anunciou na noite de segunda-feira (24) a abertura de investigação contra a Hurb (antigo Hotel Urbano), após as reclamações de consumidores dispararem em 2023 — e em meio a polêmicas de seu ex-CEO, João Ricardo Mendes, que renunciou ao cargo após expor dados confidenciais de um cliente e gravar um vídeo xingando-o.
O processo administrativo de sanção foi aberto pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por desrespeito aos direitos dos consumidores que compraram pacotes de viagens.
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Procurada pelo InfoMoney, a Hurb afirmou que “tudo será esclarecido perante o Ministério da Justiça”, mas, por questões legais, não comenta processos e/ou ações em andamento.
A empresa disse também que se responsabiliza integralmente pela jornada de seus clientes, desde a procura por um destino até a viagem e o retorno para casa. “O Hurb sempre prezou pela escuta ativa e cuidado com os consumidores e, por isso, está à disposição caso surjam eventuais dúvidas”.
Segundo a Senacon, a empresa já havia sido notificada em 2022 e chegou a propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O governo federal diz também que a investigação atual pode resultar em multas de até R$ 13 milhões e até a suspensão das atividades da empresa.
Foram mais de 7 mil reclamações recebidas em todo o Brasil no primeiro trimestre deste ano, contra 12 mil em todo o ano passado, segundo a secretaria. Ela diz também que o índice de solução das demandas no site consumidor.gov.br caiu de 64% em 2022 para 50% em 2023.